sexta-feira, 5 de julho de 2013

Censura: Tarso Genro afirma que 80% do conteúdo de rádio e TV deveria sair do ar




Tarso Genro, governador do estado do Rio Grande do Sul, defendeu a regulação da mídia, afirmando que "mais de 80%" do conteúdo disponível em Rádio e TV teria de ser, em respeito à Constituição Federal, removido.

Se esses artigos fossem aplicados de maneira séria, provavelmente mais de 80% dos programas que estão nas rádios e principalmente nas televisões teriam de sair do ar", afirmou, frisando o conteúdo do artigo 221 da CF/88.

Trata-se do seguinte conteúdo normativo:


Art. 221. A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios:
I - preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas;
II - promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua divulgação;
III - regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei;
IV - respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.
"São programas que ou transformam a mercadoria em notícia ideologizada ou promovem a violência, o sexismo e a discriminação", alegou durante evento com sindicatos e movimentos sociais, em Porto Alegre.
Criticou, também, a concentração do poder midiático em "poucas mãos", de modo a impedir que o controle do setor de informação a "meia dúzia de famílias". 
Quanto à corrupção, defendeu, aparentemente, o governo, afirmando que "A culpa é sempre do Estado. É um processo que não tem sujeito. Quem leva para dentro do Estado o vírus da corrupção é a iniciativa privada". Criticou, também, a cobertura da mídia no caso do mensalão, asserindo que os réus foram condenados antecipadamente pela mídia, influenciando a decisão do STF.

Qual é a sua posição a respeito? A regulação pode ser vantajosa? Ainda que benéfica, pode abrir precedentes para a censura governamental interessada no acobertamento de informações? Estão a usar de justificativas colaterais como forma de endossar o crescimento do controle da informação pelo Estado de modo arriscado e perigoso? É um meio de promover programações construtivas? Emita sua opinião e contribua para o diálogo democrático.

Um comentário:

  1. Concordo em partes. Na era da internet e da cultura globalizada, o quesito 'regionalização' deixa de ser importante. A arte e a cultura não tem língua, limites ou barreiras no mundo de hoje. Sertanejo é uma música regional, só que a maioria das letras fazem incita o alcoolismo, ao consumo desenfreado, a traição, a falta de apelo familiar, etc. Já foi o tempo em que o sertanejo falava da humildade do homem do campo e da terra lavrada. O funk carioca faz apologia ao crime. O axé flerta com a sexualidade. O calipso é uma falta de higiene, pois joga fezes nos ouvidos. No passado, se falava tanto em 'regionalizar' a programação das FM's - dominadas pelas músicas internacionais - e quando se deu abertura virou este lamaçal de bobagens que ouvimos por aí. Como pregava o tal do Boninho... "Quanto pior, melhor". Que as linhas descritas nesta matéria se tornem realidade.

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